segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O que fizemos de nós


Lembra quando todos eram mais felizes, sorriam por qualquer motivo e as coisas mais  importantes eram ver o riso de uma criança, o pôr-do-sol, um grande amor e a paz de  um domingo?  Que será que fizemos para apagar o riso, porque será que as cores ficaram mais  pálidas?

O que fizemos contra nós mesmos para esquecermos de caminhar na chuva e  espiar ninhos de passarinhos? Morreu a fantasia, morreu a criança que vivia dentro de  nós?

Deixamos tudo isso acontecer e nem nos apercebemos. Gastamos nosso tempo na  televisão, no telefone, na Internet e deixamos para trás a nossa alma, as horas de papo  com os amigos, o passeio de mãos dadas e o cafezinho no boteco...

Queria te convidar a sonhar. Não, não é para mais um sonho do que se vai comprar,  adquirir e se entupir. Sonhar infantilmente, por nos olhos a candura pueril, os lábios  quase falando a ânsia da alegria, navegar na fantasia!

Vá correr sem medo e, em todo o desapego, igual correr na estrada com poeira sem  pensar na sujeira, brincar com o sentimento, ser novamente num momento apenas  garoto, maroto, arteiro e eterno.

Pois não há inverno para quem corre no sol, não há  inferno para quem tem nos olhos o brilho de um farol. Nunca haverá paz em qualquer  rincão do universo se dentro de nós, frutos da criação, ela não habitar antes.

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