quarta-feira, 1 de abril de 2015

Dar

Se você quer alguma coisa, dê-a! Não parece um despropósito? É mais fácil conseguir o que se quer abrindo mão de parte do que já se tem.  Quando um agricultor quer mais sementes, pegas as que tem e entrega-as à  terra. Quando você quer um sorriso, oferece o seu. Quando quer afeto, dá  afeto. Quando ajuda as pessoas, elas o ajudam. E quando quer um beijo na  boca? Beija a boca de alguém.

E se quiser que as pessoas lhe dêem dinheiro? Dê um pouco do seu. Pense nisso.  Se a fixação e o apego excessivo impedem o fluxo de coisas boas para a sua vida, talvez a atitude oposta seja o desprendimento: o de entregarmos uma  coisa que valorizamos muito. O que você dá tende a voltar a suas mãos...

Quantas vezes a gente ouve esse tipo de história... "um velho miserável e  pão-duro, que praticamente passava fome, morreu com um milhão de dólares  debaixo do colchão?" Aí vem a pergunta: se é preciso dar para receber, o que aconteceu neste caso?

Aí eu respondo: seu saldo bancário não é a medida de sua abundância.  Abundância é aquilo que circula em sua vida. A prosperidade é um fluxo: dar e  receber. Se você tem uma fortuna depositada na Suíça e não a usa, esse dinheiro não o está enriquecendo. Tecnicamente é seu, mas na realidade você  não "recebe" nada dele.

Esse dinheiro não o torna abundante e podia muito bem pertencer a outra pessoa. Portanto, o princípio de dar e receber continua  valendo mesmo assim.  Em poucas palavras: o macete consiste em dar sem querer nada em troca. Se  você espera um retorno, está fixado no resultado - e quando nos fixamos no  que quer que seja, pouca coisa acontece.

E não devemos gozar das nossas  posses pessoais? Claro que sim! Basta ter certeza de que é você que as possui, e não são elas que possuem você.

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