sábado, 31 de janeiro de 2015

Procura-se

Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos...Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos... Exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida a latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo e figurinhas...

Batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon..." Tudo danado de bom! Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la... Chorava quando arranhavam seus brinquedos: aquele aparelho de chá cheio de xícaras com que servia as bonecas ou os carrinhos de guindaste, tratores e furgões.

Fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes em um futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.

Onde ela está? Para que lado ela foi? Quem a vir, que venha nos falar... Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas, pois,  afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas,  o coração é  sempre uma criança disposta a pular  corda".

Para não deixar morrer a criança que todos temos dentro de nós... Deixe-a sair, brincar e sonhar... Uma das poucas coisas que ainda Podemos fazer sem ter de pagar impostos!


Ache logo sua criança...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Verdade

Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! - Exclamou o adivinho. - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.
- Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:
- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

-Lembra-te meu amigo respondeu o adivinho  que tudo depende da maneira de dizer... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.

Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jarros

       
Diante dos atentos discípulos, o mestre colocou dois jarros idênticos sobre a mesa e disse,
        - Deus não olha como os homens olham para as coisas. O homem olha para a aparência externa, mas os olhares de Deus vão ao coração.

        Fez uma ligeira pausa e continuou,
        - Estes jarros vieram da mesma fábrica, foram feitos com os mesmos materiais e podem conter a mesma quantidade. Mas são diferentes. Explicou.

        Então ele virou um dos jarros e dele escorreu mel. Virou o outro jarro e deste escorreu vinagre.
        - Quando um jarro é virado, seu conteúdo se torna exposto ao escorrer para fora.

        Até que os jarros fossem virados, pareciam iguais. A diferença era o que tinham por dentro e que não podia ser visto. Quando foram virados, seus conteúdos foram revelados. Disse ele.

        E após muito breve pausa, concluiu,
        - Enquanto nós não somos virados, tempo uma boa face. Mas quando somos virados, revelamos nossos íntimos pensamentos e atitudes.

        Se alguém o virasse hoje, O que escorreria para fora? Você revelaria o "mel" da generosidade e paciência, ou o "vinagre" da raiva e sarcasmo?

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Semente da alegria

Alegria, fruto do Espírito
Deus espera de cada um de nós frutos de um conversão.
Um combatente precisa produzir muitos frutos, mesmo em meio à batalha.
Basta recordarmos a passagem da figueira: Todos esperavam um fruto dela.
Mesmo fora de época é normal se encontrar frutos na figueira.
Jesus passa hoje por nós e espera encontrar fruto.
Em meio à batalha do dia-a-dia, Jesus quer encontrar o fruto da alegria.
A alegria de pertencer a Ele.
Jesus semeou em nós as sementes do Reino de Deus: uma delas é a alegria.
Ele as regou com seu sangue e deixou que brotassem dentro de nós.
Agora chegou o tempo de Jesus colher os frutos.
Ele voltará para isso.
É justo que ele encontre frutos em nós.
Um combatente não pode perder o sorriso em meio ao sofrimento da batalha.
Assim como não podemos perder a coragem, a fé e o amor, não podemos perder a alegria: ela é um fruto do Espírito Santo.
Infelizmente, por nós deixarmos levar pelos aborrecimentos do dia-a-dia, acabamos não apresentando diante do Senhor os frutos que Ele tem o direito de encontrar em nós.
Jesus, de quando em quando, precisa cortar galhos da árvore para que, podada, possa produzir mais frutos como ele mesmo nos fala:
"Eu sou a verdadeira videira, e meu pai é o vinhateiro. Todo ramo que em mim, não produzir fruto, ele o arranca, o purifica a fim de que produza mais. Vós já estais purificados pela palavra que eu vos disse" (Jo 15,1-3).
Monsenhor Jonas Abib

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nunca Jamais

Nunca se julgue velho demais para comemorar aniversários nem para fazer coisas que você sempre fez. Nunca desista dos seus sonhos só porque imagina que eles nunca se tornarão realidade.

Nunca esqueça o som de uma boa gargalhada ou do amor visto nos olhos de alguém. Nunca troque prazeres por más lembranças de coisas que já se perderam no tempo.

Nunca jogue fora o seu entusiasmo pela Vida, crendo que está velho demais para isso, pois não é o que você sente, mas sim o que lhe disseram. Há um profundo vale dentro de nós onde a primavera é eterna, onde não há sons de tristeza e onde os pássaros sempre cantam.

Mesmo que os seus passos já não sejam tão largos quanto os passos de um adolescente, mesmo que lhe pareçam muito diferentes as coisas que antes você enxergava de outra forma, não deixe a soma das décadas transformá-lo num ser amargo e sem esperanças.

Com a idade cresce nossa sabedoria e ela é uma bênção para todos nós. Exiba os anos vividos como quem carrega um estandarte, girando-o brilhantemente em direção do sol. Se piadistas lhe disserem que sua Vida está acabando, diga-lhes sorrindo sabiamente:

 Ela está apenas começando!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Eu temia

Eu temia ficar sozinha
Até que aprendi a gostar de mim mesma.

Eu temia fracassar
Até perceber que só fracasso se desistir.

Eu temia o que as pessoas pudessem pensar de mim
Até perceber que o que conta realmente é o que eu penso de mim mesma.

Eu temia ser rejeitada
Até perceber que devo ter fé em mim mesma.

Eu temia a dor
Até perceber que o sofrimento só me ajuda a crescer.

Eu temia a verdade
Até descobrir a fealdade de uma mentira.

Eu temia a morte
Até aprender que a morte não é um fim mas um começo.

Eu temia o ódio
Até aprender que o ódio é apenas “ignorância”

Eu temia o ridículo
Até aprender a rir de mim mesma.

Eu temia ficar velha
Até compreender que ganho sabedoria a cada dia que passa.

Eu temia ser ferida nos meus sentimentos
Até aprender que ninguém consegue me ferir sem a minha permissão.

Eu temia a escuridão
Até entender a luz e a beleza de uma estrela.

Eu temia mudanças
Até perceber as mudanças por que tem de passar uma bela borboleta antes de poder voar.

Acima de tudo aprendi que não vale a pena temer nada, pois vou enfrentar cada obstáculo à medida que aparecer na minha vida, com coragem e confiança pois…
No final existirá sempre mais uma esperança…
Se vivermos a vida sem temor!

domingo, 25 de janeiro de 2015

Pensamentos de Paz

(Madre Teresa de Calcutá)
“Acredito que o mundo hoje está de ponta cabeça e sofre muito porque existe tão pouco amor no lar e na vida familiar. Não temos tempo para nossas crianças, não temos tempo para darmos uns aos outros, não temos tempo para apreciarmos uns aos outros.”
“A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.“
“Amar, ser verdadeiro, deve custar – deve ser árduo – deve esvaziar-nos do ego.“
“A pior calamidade para a humanidade não é a guerra ou o terremoto. É viver sem Deus. Quando Deus não existe, se admite tudo. Se a lei permite o aborto e a eutanásia, não nos surpreende que se promova a guerra!“
“Não importa o quanto você faz, mas o quanto de amor você coloca nas suas ações.“
“Não rezo pelo sucesso, peço pela fé.”
“Não sei ao certo como é o Paraíso, mas sei que quando morrermos e chegar o tempo de Deus nos julgar, Ele NÃO perguntará, Quantas coisas boas você fez em sua vida?, antes Ele perguntará, Quanto AMOR você colocou naquilo que fez?”
“Não ser desejado, não ser amado, não ser cuidado, ser esquecido por todos, isso acredito ser fome muito maior, uma pobreza muito maior do que a de uma pessoa que não tenha nada para comer.”
“Nesta vida, não podemos realizar grandes coisas. Podemos apenas fazer pequenas coisas com um grande amor.”
“No final de nossas vidas não seremos julgados pelos muitos diplomas que recebemos, por quanto dinheiro fizemos ou por quantas grandes coisas realizamos. Seremos julgados pelo ‘Eu tive fome e você me deu de comer. Estava nu, e você me vestiu. Eu não tinha casa e você me abrigou.”
“Nunca compreenderemos o quanto um simples sorriso pode fazer.”
“O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque.”
“O mundo que Deus nos deu é mais do que suficiente, segundo os cientistas e pesquisadores, para todos; existe riqueza mais que de sobra para todos. É só uma questão de reparti-la bem, sem egoísmo. O aborto pode ser combatido mediante a adoção. Quem não quiser as crianças que vão nascer, que as dê a mim. Não rejeitarei uma só delas. Encontrarei uns pais para elas. Ninguém tem o direito de matar um ser humano que vai nascer: nem o pai, nem a mãe, nem o estado, nem o médico. Ninguém. Nunca, jamais, em nenhum caso. Se todo o dinheiro que se gasta para matar, fosse gasto em fazer com que as pessoas vivessem, todos os seres humanos vivos e os que vêm ao mundo viveriam muito bem e muito felizes. Um país que permite o aborto é um país muito pobre, porque tem medo de uma criança, e o medo é sempre uma grande pobreza.”
“Por favor, escolham o caminho da paz… Num curto período pode haver vencedores e perdedores nessa guerra que abominamos. Mas jamais poderá, nem nunca será justificada a dor e perda de vidas que suas armas causarão.” (Carta ao Presidente Americano George Bush e ao Presidente Iraquiano Saddam Hussein, Janeiro 1991.)
“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz.
“Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las.”
“Sei que Deus não me dará nada que eu não possa lidar. Apenas gostaria que Ele não confiasse tanto em mim.”
“Sei que meu trabalho é uma gota no oceano. Mas sem ele, o oceano seria menor.”
“Sou uma pequena caneta na mão de Deus que envia cartas de amor ao mundo.”
“Tenha fé nas pequenas coisas, pois é nelas que a sua força reside.”
“Todas as nossas palavras serão inúteis se não brotarem do fundo do coração. As palavras que não dão luz aumentam a escuridão.”
“Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.“

sábado, 24 de janeiro de 2015

Oceanos


Os oceanos são feitos de gotas d'água...

Para ser ouvido, fale, Para ser compreendido, exponha claramente suas idéias sem jamais abrir mão daquelas que julga fundamentais apenas para que os outros o aceitem.

Acima de tudo, busque o prazer antes do sucesso, a autorrealização antes do dinheiro,

O fazer bem feito antes de pensar em obter qualquer recompensa. Nenhum reconhecimento externo vai substituir a alegria de poder ser você mesmo.

Para poder recomeçar sempre, perdoe-se pelos fracassos e erros que cometer, aprenda com eles e, a partir deles, programe suas próximas ações.

Nunca se deixe iludir que será possível fazer tudo num dia só ou quando tiver todos os recursos: tal dia nunca virá.

Para se manter motivado, sonhe.

Para realizar, planeje, pensando grande e fazendo pequeno, um pouco a cada dia e todos os dias um pouco, Porque são pequenas gotas d'água que fazem todo o grande oceano...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O sonho de uma criança

Dizem que o ser humano é motivado pelos seus sonhos. Entretanto, ao decorrer da vida, nossos sonhos vão sendo podados e esquecidos muitas vezes por pessoas que já engavetaram os seus próprios com frases como: “Isso não dá dinheiro!” ou “Isso não será bom para você!”. Provavelmente, muitos de nós, senão todos, já ouvimos “conselhos” desse tipo e, às vezes, nos pegamos prestes a dizer algo parecido à alguém. Uma pergunta que fica no ar é a de como alguém pode ter tanta certeza do que é bom ou não para uma outra pessoa?
Essa atitude, como quase todas as outras, teve sua origem em nossa infância, período o qual recebemos muitas frases negativas, algumas com o intuito de proteger nossa integridade física, e outras que acabam por destruir muitos de nossos sonhos.
Quando conversamos com as crianças, devemos pensar muito bem em tudo o que falamos. Nossas palavras tem um grande poder sobre elas. Nós temos o poder de ajudá-las a construir seus sonhos ou de destruí-los. Infelizmente, a grande maioria desmotiva-os mesmo sem ter consciência.
Da próxima vez que encontrar uma criança, pergunte-a o que ela gostaria de fazer quando crescer. Elogie-a por tal sonho e pergunte a razão pela escolha. Faça-a refletir e descobrir o seu verdadeiro motivo para tal meta. Se não for realmente o que ela quer, ela mesmo irá descobrir um novo sonho. Não cabe a nós escolher ou impor nossos próprios desejos sobre elas. Às vezes, o sonho de uma criança é motivado pelas pessoas mais próximas, outras vezes pelo que ela vê na televisão, mas o legítimo é aquele que vem de seu interior. Ensinar uma criança que devemos sempre almejar um sonho, não importando qual idade que tenhamos é algo que ela levará para a vida inteira. Caso alguma vez fique desorientada ou sem rumo, poderá buscar dentro de si o seu verdadeiro motivo para viver.
O verdadeiro sonho não é aquele que vem pelo desejo de poder ou fama de nosso ego, mas aquele que vem do nosso âmago motivado apenas pela essência de nosso amor e felicidade.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Transforme suas fraquezas em forças

Certa vez um garoto de dez anos, decidiu apreender e praticar judô, apesar de ter perdido seu braço esquerdo em um terrível acidente de carro.
Disposto a enfrentar as dificuldades e suas limitações, começou suas lições com um velho mestre oriental.
O menino ia bem, em seus treinamentos. Mas, sem entender o porquê, após três meses de treinamento, o mestre tinha-lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse:
– Mestre! Não devo aprender mais movimentos?
O Mestre respondeu-lhe, calmamente e com convicção:
– Este é realmente o único movimento que você sabe, mas este é o único que você precisará saber.
Sem entender completamente, mas acreditando em seu mestre, o menino manteve-se treinando. Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio.
Surpreendendo-se, o menino ganhou com facilidade seus primeiros dois combates. O terceiro combate revelou ser o mais difícil, mas, depois de algum tempo, seu adversário tornou-se impaciente e agitado. Foi, então, que o menino usou o seu único movimento para ganhar a luta.
Espantado ainda por seu sucesso, o menino estava agora nas finais do torneio. Desta vez o adversário era bem maior, mais forte e mais experiente.
Preocupado com a possibilidade de o garoto se machucar, cogitaram de cancelar a luta, quando o mestre interveio:
– De forma alguma! Deixem-no continuar.
Da mesma forma, o garoto usando os ensinamentos do mestre, entrou para a luta e, quanto teve oportunidade, usou seu movimento para prender o adversário.
Foi assim que o menino ganhou a luta e o torneio.
Era o Campeão!
Mais tarde em casa, o menino e o mestre reviram cada movimento, em cada luta. Então, o menino criou coragem para perguntar o que estava em sua mente:
– Mestre, como eu consegui ganhar o torneio com somente um movimento?
– Você ganhou o torneio por duas razões – respondeu o mestre.
– Em primeiro lugar, você dominou um dos golpes mais difíceis do judô; em segundo lugar a única defesa conhecida para esse movimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.
Assim, a maior fraqueza do menino tinha se transformado em sua maior força.
Com esta lição, percebemos que nós também podemos usar nossas “fraquezas” para que se transformem em nossa força.
Conheça-se melhor e descubra quanta transformação poderá fazer.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Às vezes o caminhar é lento

Quando plantamos uma roseira, notamos que ela fica dormindo muito tempo no seio da terra, mas ninguém ousa criticá-la, dizendo:
“Você não tem raízes profundas” ou “falta entusiasmo na sua relação com o campo”.
Ao contrário, nós a tratamos com paciência, água e adubo. Quando a semente se transforma em muda, não passa pela cabeça de ninguém condená-la como frágil, imatura, incapaz de nos brindar imediatamente com as rosas que estamos esperando.
Ao contrário: nos maravilhamos com o processo do nascimento das folhas seguido dos botões, e, no dia em que as flores aparecem, nosso coração se enche de alegria.
Entretanto, a rosa é a rosa desde o momento em que nasce até seu período de esplendor, e termina murchando e morrendo. A cada estágio que atravessa, semente, broto, botão, flor, expressa o melhor de si.
Também nós, em nosso crescimento e constante mutação, passamos por vários estágios: vamos aprender a reconhecê-los, antes de criticar a lentidão de nossas mudanças.
Às vezes o caminhar é lento, mas o importante é não parar. Mesmo um pequeno progresso é um avanço na direção certa. E qualquer um é capaz de fazer um pequeno progresso.
Se você não pode conquistar algo importante hoje, conquiste algo menor. Pequenos riachos se transformam em rios poderosos. Continue em frente.
O que de manhã parecia fora do alcance, pode ficar mais próximo à tarde se você continuar em frente. O tempo que usar trabalhando com paixão e intensidade aproximará você do seu objetivo.
É bem mais difícil começar de novo se você parar completamente. Então, continue em frente.
Não desperdice a chance que você mesmo criou. Existe algo que pode ser feito agora mesmo, ainda hoje. Pode não ser muito, mas fará com que você continue no jogo. Caminhe rápido enquanto puder. Caminhe lentamente quando for preciso. Mas, seja o que for, continue andando.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Pegue a sua pá

Não se espante com os problemas, nem se deixe levar pela maré; o que hoje parece ser o fim, pode ser recomeço;
pode indicar um novo caminho, mesmo entre pilhas de destroços; como os japoneses depois da bomba atômica, encolhidos entre o sentar e chorar pelos mortos, ou pegar uma pá e reconstruir.

Talvez a sua vida pareça destruída por uma bomba, talvez você também esteja se sentindo encolhido, pequenininho entre as dores dos escombros, e o que sobrou de você é muito pouco…
Mas eu lhe garanto que o dia se abre em POSSIBILIDADES e que depende da sua decisão entre sentar e chorar ou pegar uma pá e reconstruir, remover os cacos e com os pedaços que se espalharam: construir.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Vida breve

Essa nossa vida é tão curta…
O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve …

Existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhes damos a atenção necessária.
Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos.
Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.
Vivemos nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis.
Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam à pisar firmes no chão.
Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos.
Nossa vida é breve e temos muita coisa útil à realizar.
De modo algum justifica-se nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.
Devemos nos lembrar que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez.
Precisamos, portanto, aproveitar esta oportunidade única, breve…

domingo, 18 de janeiro de 2015

Entre o Ego e a alma

Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o EGO, desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela.
Não há nada que vença o EGO em termos de separação.
E como é que ele age?
- No casamento e nas relações amorosas: Em nome da “incompatibilidade de gênios” homens e mulheres se separam sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o EGO não tem acordo quando se trata de ceder. Seria “rebaixar-se”!
Ele só entende assim.

- Nas amizades: Uma atitude ou palavra mal colocada é, muitas vezes, suficiente para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar
uma tão valiosa amizade.
Não! O EGO não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição!
Ele só entende assim.

- Nas famílias: Tantos pais, irmãos e filhos se separam só pela necessidade de impor suas vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra. Na maioria dos casos, numa reunião familiar, com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.
Não! O EGO quer deter o poder sobre tudo e sobre todos. Limites seriam um caso de obediência!
Ele só entende assim.

- Nas carreiras: Pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a necessidade de ser “a melhor”.
A consciência de que “o sol nasceu para todos” faria isso parar.
Não! O EGO quer ganhar sempre, custe o que custar. Aceitar vitórias alheias seria fracassar!
Ele só entende assim.

Em toda situação conflitiva que determina separações o EGO se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincadeiras desnecessárias; no trabalho, em críticas contra colegas;
nas escolas, em exibições de notas; nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte;
na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante… infinitamente…

Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do EGO.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.
Não! Não é a morte que mais promove essas apartações.
É o EGO, o filho predileto do orgulho!

Sua ALMA e seu EGO ocupam o mesmo “castelo”.
Deixe que sua ALMA seja a rainha vitalícia do lugar!
Ela é aquela parte sua que deseja paz e reconciliações.
O EGO é o mal dentro de você. Dê-lhe um “cala-boca” bem dado.
Assim – e só assim – a vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene felicidade.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Oração do Idoso

Bem-aventurados aqueles que compreendem meus passos vacilantes e minhas mãos trêmulas.
Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam as palavras com dificuldade e por isso, procuram falar mais alto e pausadamente.
Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados e minhas reações são lentas
Bem-aventurados os que nunca me dizem: Você já me contou isso inúmeras vezes!
Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o café que por vezes derramo.
Bem-aventurados os que sorriem e conversam comigo.
Bem-aventurados os que sabem dirigir a conversa e as recordações para as coisas dos tempos passados.
Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho, fazendo-me assim pensar em Deus. Quando entrar na eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor.
Bem-aventurados os que me ajudam a atravessar a rua e não lamentam o tempo perdido que me dedicam.
Bem-aventurados os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado, tratando-me com respeito.
Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para carregar a minha cruz.
Bem-aventurados os que amenizam os meus últimos anos sobre a terra. Amém.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Insegurança, o desafio nosso de cada dia

Quando éramos apenas crianças, nossos pais assumiam a frente daquilo que precisávamos fazer. Eles eram nossos tutores e em todas as nossas necessidades ou dúvidas nós recorríamos a eles.
Hoje, muitas vezes, hesitamos diante de uma situação quando queremos nos arriscar em algo novo. Seja numa troca de emprego ou numa nova atividade profissional, seja na compra de uma casa ou em qualquer outra situação, que possa acarretar uma escolha definitiva, nossos temores certamente vão aflorar. Com isso, a preocupação e o medo de perder aquilo que já foi conquistado impedem a pessoa de viver uma nova experiência.
Quando consideramos algum tipo de mudança em nossa vida significa que não nos sentimos completamente felizes na condição atual. A falta de perspectiva ou algum outro tipo de insatisfação nos levam a cogitar a possibilidade de sair da comodidade que vínhamos vivendo. Mas, ainda assim, a nossa insegurança nos prende àquilo com o que estávamos acostumados ou nos fazia nos sentir seguros.
Dentro de um relacionamento, alguém inseguro nunca se sente confortável, pois o temor constante de perder a quem conquistou faz com que ele acabe tentando controlar, acirradamente, os passos de quem ama. Entretanto, há quem viva no extremo desse mal e, da sua insegurança exacerbada, nutre o ciúme. Na tentativa de proteger-se daquilo que assombra seus pensamentos, a pessoa insegura formula para a outra com quem se relaciona quase que um inquérito se a vê conversando com alguém ou se, por um contratempo, o encontro agendado é cancelado ou simplesmente adiado.
Acredito que todos nós, em vários momentos, já sentimos os efeitos da falta de segurança. Embora conheçamos o nosso potencial para realizar algo novo, sempre nos pegamos avaliando as possibilidades dos acontecimentos, caso estes não atinjam o resultado esperado. Pois, sabemos que, de alguma maneira, todas as nossas atitudes acabam apontando para um novo direcionamento de nossa vida. Diante das incertezas ou do conhecimento sobre as consequências de uma ação o medo nos freia.
Uma pessoa insegura se torna facilmente influenciada por outras por esperar delas a validação de seus atos. A insegurança talvez seja um dos maiores desafios que precisamos lutar para controlar.
Podemos nos aconselhar com pessoas mais experientes sobre determinado assunto, ou até mesmo saber a opinião daquele com quem nos relacionamos sobre nossos objetivos, mas cabe a nós assumirmos a responsabilidade dos compromissos que queremos abraçar.
A confiança é um processo gradual e lento que vem acompanhada do amadurecimento. Precisamos trabalhar para conquistá-la, pois é com essa virtude que aprenderemos a enfrentar os desafios impostos pela vida.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

As adversidades nos encontram com facilidade

A vida nos providencia as adversidades de graça, sem solicitação. Os problemas batem à nossa porta.
Por outro lado, a coragem para enfrentá-los e as soluções para cada um, temos que procurá-las com determinação.
Como dizem: os problemas nos encontram, mas as soluções, temos que procura-las.
Em resumo, se ficarmos simplesmente parados, seremos inundados pelos problemas, e o simples ato de ficar estagnado já é uma escolha, aliás, uma péssima escolha.
Precisamos nos colocar em movimento, refletir, analisar, decidir e colocar em serviço todas as nossas forças e virtudes para fazer frente às dificuldades que batem à nossa porta.
Quando escolhemos o isolamento debaixo do nosso edredom, deixamos que os problemas se acumulem e se amplifiquem especialmente na nossa mente.
As coisas negativas tendem a grudar na nossa cabeça feito goma de mascar, e temos que fazer um esforço enorme para afastá-los do palco da nossa mente.
Não deixe que todos os problemas subam ao palco de uma vez só.
Isole, deixe ele atuar, mostrar tudo o que ele tem para dizer, e analise que solução pode dar a ele.
Quanto mais olhamos para um determinado problema com serenidade, menor é o seu poder de nos amedrontar.
Muito daquilo que julgamos ser problemas, está apenas na nossa mente, e quando jogamos o holofote sobre ele, aquilo que nos assombra se revela apenas uma sombra inofensiva.
Mas temos que fazer a nossa parte, pois a inanição sempre nos coloca em desvantagem. Os problemas podem ser uma miragem, mas temos que chegar até eles e mirá-los de frente para descobrir isso.
Ou seja, ficar de longe com o olhar amedrontado e preocupado não de nada vai adiantar.
Assuma a sua responsabilidade sobre a sua vida, e encare os problemas de frente. Você vai se descobrir mais habilitado a lidar com eles, e vários deles se evaporarão ao menor confronto.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.
A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e
— Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "
(Autor desconhecido)

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Amorfobia

Reflexão: recebemos muitos dons, e o que fazemos e construímos com eles? Que mundo é gerado a cada pequena escolha e cada uma de nossas atitudes?
Num mundo onde há guerras e que até mesmo crianças vão à luta (literalmente); onde se mata em nome de Deu$, onde crianças morrem de fome, são agredidas e violentadas; onde há inúmeros preconceitos; onde os idosos são maltratados; onde não se tem o menor respeito ao próximo, não pode haver amor…
Num mundo onde se profere o nome de Deus em vão, alimentando o preconceito e o ódio entre as pessoas em Seu nome; onde prevalece a força do dinheiro (que compra almas), enganando-se, matando-se por ele; onde pessoas se odeiam, se agridem, se matam por uma partida de futebol, não pode haver amor…
Num mundo onde se faz qualquer coisa pelo poder; onde se deixa um semelhante passar necessidade, morrer no corredor de um hospital; onde se nega o direito à boa educação e à boa saúde; onde há exploração da fé e exploração da boa-fé, não pode haver amor…
E é nesse mundo que vivemos…
É esse o mundo que estamos deixando às nossas futuras gerações: um mundo preconceituoso, hipócrita, de falsas morais, de falsos dogmas; de pessoas que têm a necessidade de ver o outro infeliz, para baixo e que riem da desgraça alheia; que se incomodam pelo fato de alguém amar outro alguém, independente do sexo, da cor, da religião, da idade, da condição física ou da condição social…
Um mundo onde criamos termos e mais termos para cada vez mais nos desassociarmos (inutilmente) do outro (tão humano e tão imperfeito quanto nós)… E nesse mundo de pessoas tão iguais e tão diferentes, não há homofobia ou heterofobia, na verdade. O Ser (des)Humano sofre mesmo é de Amorfobia: aversão ao Amor…
O alento é saber que sempre, a cada momento, podemos fazer escolhas novas – e com elas começar a criar um outro mundo, um Reino novo. Que mundo você escolhe construir? 

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Esforço

A turbulência no mar serve para testar os navios, os mais fortes serão os mais usados e valorizados.
Os ventos fortes testam a resistência dos carros, quanto menos impacto, mais velozes.
O carbono que passa por maiores pressões vira diamante, o que escapa das pressões, vira grafite.
Nós…
Queremos a fruta, mas poucos querem subir no pé e apanhá-la.
Queremos o arroz, mas poucos se dispõem a plantá-lo.
Queremos o casamento duradouro, mas na primeira provação, pedimos a separação.
Queremos filhos maravilhosos, mas não sabemos dizer não.
Queremos um mundo de paz, mas quantos vivem essa paz em suas casas?
Queremos sempre a verdade, mas vivemos contando mentiras.
Queremos a saúde perfeita, mas nos alimentamos mal, andamos pouco, nos agitamos muito.

O que está acontecendo com você? Quando coloca a cabeça no travesseiro e pensa no seu dia? Você está feliz ou molhando o travesseiro com lágrimas?

domingo, 11 de janeiro de 2015

A Lição da Tartaruga

Eu percebia que meu comportamento aborrecia muito os meus pais, porém pouco me importava com isso. Desde que obtivesse o que queria, dava-me por satisfeito. Mas, é claro, se eu importunava e agredia as pessoas, estas passavam a tratar-me de igual maneira.
Cresci um pouco e um dia percebi que a situação era desconfortante. Preocupei-me, mas não sabia como me modificar.
O aprendizado aconteceu num domingo em que fui, com meus pais e meus irmãos, passar o dia no campo. Corremos e brincamos muito até que, para descansar um pouco, dirigi-me à margem do riacho que corria entre um pequeno bosque e os campos.
Ali encontrei uma coisa que parecia uma pedra capaz de andar. Era uma tartaruga. Examinei-a com cuidado e quando me aproximei mais, o estranho animal encolheu-se e fechou-se dentro de sua casca.
Foi o que bastou. Imediatamente decidi que ela devia sair para fora e, tomando um pedaço de galho, comecei a cutucar os orifícios que haviam na carapaça. Mas os meus esforços resultavam vãos e eu estava ficando, como sempre, impaciente e irritado.
Foi quando meu pai se aproximou de mim. Olhou por um instante o que eu estava fazendo e, em seguida, pondo-se de cócoras junto a mim, disse calmamente: “Meu filho, você está perdendo o seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga.
Não é assim que se faz. Venha comigo e traga o bichinho.”

Acompanhei-o. Ele se deteve perto da fogueira acesa e me disse: “Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável.”
Eu obedeci. Dentro de alguns minutos, sob a ação do leve calor, a tartaruga colocou a cabeça de fora e caminhou tranquilamente em minha direção.

Fiquei muito satisfeito e meu pai tornou a se dirigir a mim, observando:
“Filho, as pessoas podem ser comparadas às tartarugas. Ao lidar com elas, procure nunca empregar a força. O calor de um coração generoso pode, às vezes, levá-las a fazer exatamente o que queremos, sem que se aborreçam conosco e até, pelo contrário, com satisfação e espontaneidade.”

sábado, 10 de janeiro de 2015

O reflexo

Certo dia, uma moça desiludida resolveu seguir o exemplo dos “contos da infância”. Colocou-se em frente ao seu espelho e perguntou:
- Querido espelho, olhe para mim e me diga: “Existe alguém mais infeliz do que eu?”.
- Com certeza, respondeu o espelho, existe alguém mais triste que você neste momento. E este alguém sou eu.
A moça olhou espantada. Não esperava que um espelho falasse e ainda contra si. Mas o espelho prosseguiu:
- Você não imagina a dor que eu sinto ao ver, no meu reflexo, uma pessoa que deixou seus problemas tomarem conta de sua vida, que não tem mais vontade de lutar e principalmente que não consegue ver dentro de si as suas qualidades, suas capacidades e o seu talento.
Queria que estivesse no meu lugar pra ver. você é uma pessoa tão inteligente, que fala para todos que tem um Deus e tantas vezes falou do amor de Deus, agora se mostra tão derrotada. Deus é tão pequeno assim em sua vida para que você se sinta tão inferior assim?
É pena que você não veja através de mim toda a sua facilidade em lidar com as pessoas, quanto é expressiva a sua voz e sua palavra, quanto seu coração é forte e o quanto as pessoas a amam.
Olhe para você!
Levante essa cabeça, pois, dificuldades todos nós temos, assim como todos guardam dentro de si algo especial para dar, a capacidade de tornar a própria vida prazerosa.
Quantas são as pessoas que gostariam de ser como você é! Saudável, inteligente e com toda a vida pela frente! No entanto, muitas delas são felizes e agradecem a Deus pelas suas vidas. Use a sua sensibilidade – ela é essencial para a vida.
Por isso quero lhe dizer:
Motive-se ao acordar pela manhã, pense algo do tipo: “hoje meu dia será produtivo, alegre e cheio de vida, pois tenho Deus comigo”.
Faça isso com amor no coração e se concentre em seus objetivos. De hoje em diante, quero ver outra imagem refletida em mim. Uma imagem de alegria interior.
A vida é tão curta. Não perca tempo com os momentos ruins. Faça deles experiências positivas para continuar sua vida. Ser feliz depende de uma vida em comunhão com Deus e em harmonia consigo mesmo. O que vem depois disso são apenas resultados.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Você esta indo para onde?

Uma vez um professor de canto respondeu a uma aluna, que lhe tinha perguntado como transformar-se numa estrela: "Levante-se e cante. Se você não fizer no mínimo isso, ninguém no mundo vai saber que você tem nem mesmo uma canção".

 Assim começamos nossas vidas, e também nossas vidas profissionais: levantamo-nos e cantamos, cheios de motivação, energia e uma atitude positiva contagiante. Com o passar do tempo (e os tombos, cicatrizes, erros e acertos), existe uma tendência à acomodação.

 O fato é que quando pego alguém reclamando da vida, ou ouço alguém reclamando de quanto ganha, não consigo deixar de pensar: "O que as pessoas terão para lembrar de você quando você morrer?" Ou seja, que diferença você faz hoje na vida das pessoas? Se alguém fosse imitar você, como seria?

 Se você acredita na Lei do Bumerangue, "tudo o que você atira na vida, volta", você com certeza entende que temos basicamente duas liberdades: a de fazer o que queremos fazer, e a de fazer o que deve ser feito. Muitas vezes, essa é a simples diferença entre não falhar (e levar uma vidinha medíocre) e arriscar-se a ter sucesso.

 Então, ser um profissional novato, cheio de energia, não é uma questão de idade ou experiência - é uma questão de atitude. Não interessa de onde você veio, mas sim para onde decidiu ir.

 E você? Ao acordar todos os dias pela manhã, você se levanta para cantar a sua própria canção, do seu jeito, ou para dançar conforme a música dos outros?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O perdão

 

Quando é que se reconhece a grandeza do ser humano?

Não é quando ele dá esmola para o menino de rua, quando pára o carro frente à faixa de pedestre ou quando oferece carona num dia
de chuva.
Essas atitudes reforçam para nós mesmos a ideia de que, sim, somos gente fina. Mas é fácil ser gente fina reproduzindo atitudes
padrão. Difícil é ser grande diante do assombro, diante do inesperado, diante do desconhecido.

Acho que entre todos os gestos, o perdão é o maior deles. Em primeiro lugar, o perdão é fruto do erro de alguém, e quanto maior esse erro. Maior a grandeza de quem, atingido, se dispõe a passar por cima da própria dor e levar a vida adiante. E o perdão torna-se ainda mais digno porque ninguém se prepara para perdoar.

É mentira quando alguém diz: eu perdôo tudo. Este tudo não pode ser mensurado previamente.
Não se sabe de antemão o tamanho do golpe. Não se pode prever nossa reação diante do difícil reconhecimento de que alguém falhou conosco.

E fácil desculpar um atraso, um esbarrão, um esquecimento, ma o tamanho do perdão é proporcional ao tamanho do erro: estes são exemplos de perdões fáceis, corriqueiros. Difícil é perdoar o trágico.

O perdão é prova de entendimento absoluto, principalmente de si mesmo. Não perdoar é isolar o outro, perdoar é entrar no jogo com ele, participar do problema, e não julgá-lo como se estivéssemos imunes à mesma fraqueza.

O perdão é o gesto mais elevado que há. Tão elevado que poucos chegam
Martha Medeiros

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Escolhendo o próprio destino

"Estou disposto a largar tudo", disse o príncipe ao mestre. "Por favor, me aceite como discípulo".

"Como um homem escolhe seu caminho?", perguntou o mestre.
"Pelo sacrifício", respondeu o príncipe.

"Um caminho que exige sacrifício, é um caminho verdadeiro".

O mestre esbarrou numa estante. Um vaso caríssimo despencou, e o príncipe atirou-se ao chão para agarra-lo. Caiu de mau jeito e quebrou o braço, mas conseguiu salvar o vaso.

"Qual é o maior sacrifício: ver o vaso espatifar-se, ou quebrar o braço para salvá-lo?", perguntou o mestre.

"Não sei", respondeu o príncipe.

"Então como quer orientar sua escolha pelo sacrifício? O verdadeiro caminho é escolhido por nossa capacidade de ama-lo, não de sofrer por ele".

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Atrás da máscara

Quando dois seres de aparência estranha apareceram na porta da sala, Tony, de três anos de idade, rapidamente pulou de onde sentava-se no chão e correu para a cadeira de sua mãe. Um dos recém-chegados, rindo, disse, - Vem cá Tony e fala o que você pensa de nós. Disse uma voz familiar. - Você não gostou da nossa cara?

Tony deu uma espiada sem sair do lugar. Ele certamente não gostou do jeito como aquelas pessoas pareciam! Vestiam roupas engraçadas e tinham máscaras nos rostos. Um parecia um velho vagabundo engraçado com bigode grosso, óculos escuros e grandes... O outro usava um vestido longo e muitas "jóias" coloridas e brilhantes. Tinha cabelo loiro longo e usava uma coroa de papel.

A mãe riu.
- Vocês dois fizeram um bom trabalho ao arranjar estas roupas para a festa à fantasia. Ela disse. - Tirem suas máscaras para que Tony veja quem são vocês. As máscaras, óculos e bigodes foram retirados e Tony viu o próprio irmão Zachary e... Aquilo era sua irmã Megan? Correu para ela e arrancou a peruca loira.
- Me conhece agora, não é? Ela perguntou.

Logo Tony também tentava usar as máscaras e a peruca e ria de si mesmo em frente ao espelho.
- Festas à fantasia são divertidas! Mal posso esperar até sábado! Declarou Megan. - Eu não vou contar nada pra ninguém porque quem conseguir enganar a todos o tempo todo receberá um prêmio.
O pai das crianças sorriu.
- Fico contente que vocês se divirtam com isto. Ele disse, - Mas não usem suas máscaras no dia-a-dia, tá bom?
- Quem faria isso? Perguntou Zachary.

- Bem, de certa maneira, muitas pessoas fazem. Seu pai respondeu. - Esses trajes e máscaras me lembram que algumas pessoas continuamente tentam parecer-se com algo que não são. Vão à igreja e dão dinheiro para caridade e fazem muitas outras "boas ações". Querem que as outras pessoas pensem que são Cristãos mas, na verdade, nunca confiaram em Jesus.

É como se usassem uma "máscara". Por baixo das máscaras eles têm corações duros. Mas, acreditem, na festa à fantasia pode até ser, mas na vida real ninguém consegue enganar à todos o tempo todo.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Voem Juntos, mas nunca amarrados


Conta uma velha lenda dos índios Sioux que, uma vez, Touro Bravo - o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros e Nuvem Azul, a filha do cacique e uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas na tenda do velho feiticeiro da tribo e falaram:
 
Nós nos amamos e vamos nos casar. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã. Alguma coisa que garanta que possamos ficar sempre juntos. Que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até a morte.  O velho sábio, ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
 
- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia e, apenas com uma rede e tuas mãos, caçar o falcão mais vigoroso do monte e traze-lo com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. - E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono, onde encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la, trazendo-a viva.
 
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu que, com cuidado, as retirassem. Observou então que se tratava de belos exemplares.
 
- E agora, o que faremos?  Perguntou o jovem. Nós as matamos e depois bebemos à honra de seu sangue ou as cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne?. - Não, disse o feiticeiro! Apanhem as aves e as amarrem entre si pelas patas, com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...
 
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros...A águia e o falcão tentaram alçar vôo, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade de voar, as aves jogavam-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar. - E o velho disse: jamais esqueçam o que estão vendo.

Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão: se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, viverão arrastando-se e, cedo ou tarde, começarão a machucar-se mutuamente. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos...Mas nunca amarrados.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Dia de visita

  Ele esperou ansiosamente por este momento, depois de seis dias e finalmente chegou - o dia de visita! O homem com as chaves chega e abrem-se as grandes e pesadas portas. O corredor frio enche-se de vida. Ele dificilmente conseguirá controlar seu emoções.

As famílias começam a chegar. Ele observa atento do canto do salão desejando o primeiro vislumbre de seus entes queridos. Ele vive para aqueles dias. Enquanto os carros chegam, ele assiste atentamente.

Então, finalmente, eles chegam, aqueles por quem ele faria qualquer coisa. Se abraçam, comem um leve lanche e relembram como as coisas costumavam ser. Em alguns momentos, eles começam a cantar, com risos e aplausos. Mas muito cedo e está terminado. Uma lágrima vem à seus olhos enquanto eles partem.

Então os homens com as chaves fecham as portas pesadas. Ele ouve a virada da chave na fechadura marcando o fim de um dia especial. Lá ele permanece, só novamente. Ele sabe que a maior parte de seus visitantes não farão contato novamente até a semana que vem. Quando o último carro sai do estacionamento, Jesus volta à sua solidão esperando até o próximo domingo -

O dia de visita.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Feliz olhar novo!

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças.
É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais…
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.

O ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal! Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que machucou. Normal. Este ano não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem a sua personalidade que nem sempre a gente deseja, mas e daí?
Fazer o que? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança? que eu desejo para todos nós é sabedoria!

E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.
Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim…
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos amigos…
Ou mude de classe, transforme-o em colega.
Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento.
(Me lembro sempre de um lance que eu adoro)
CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE!

Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial.
Este ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
Este ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular…
Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você!
Pode ser. E que seja!


(Atribuído a Carlos Drummond de Andrade)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Teste de integridade

 

Em um antigo mosteiro do Nepal, os monges enfrentavam sérias dificuldades financeiras. O templo estava em ruínas, mal tinham para o sustento diário. Viviam de doações e esmolas. Muitos monges começaram a reclamar das más condições de vida, da fome e da falta de tempo para meditar, uma vez que passavam muito tempo pela cidade pedindo esmolas.
O mestre respondeu às declarações com uma proposta:

- Eu tenho uma solução simples para reformarmos o templo e encontrarmos mais tempo livre para meditar e estudar.

Os discípulos se reuniram ao redor do mestre, curiosos para ouvir a solução de seus problemas. O mestre prosseguiu:

- Cada um de você deve ir até a cidade e roubar algo valioso, que possa render um bom dinheiro para o mosteiro. Com o dinheiro que vocês conseguirem, teremos uma boa quantia.

Uma onde de perplexidade e murmúrios tomou conta do lugar. Os monges se perguntaram como o mestre pôde dar uma ordem dessas, tão antiética. Como tinham grande confiança no mestre, ninguém questionou.
O mestre prosseguiu:

- A única coisa que peço a vocês é que roubem apenas quando tiverem a certeza de que ninguém está olhando. Não quero que vocês manchem a nossa honra e o nosso reconhecimento junto ao povo da vila.

Assim que o mestre saiu da sala, todos começaram a planejar o que iriam roubar na vila e como proceder. Muitos ainda estavam incrédulos e discutindo com os colegas, pois roubar é errado. Não entendiam a ordem do mestre.

Depois de certo tempo, todos já tinham um plano e saíram para a vila. A principal preocupação, porém, era não serem pegos, para não difamarem o mosteiro. Apenas um monge permaneceu no mosteiro. O mestre, ao andar pelo pátio, viu esse monge e foi ao seu encontro.

- O que você estava fazendo aqui? – perguntou.

- Eu fiquei pensando sobre a sua intrução de roubar apenas quando ninguém estiver olhando e vi que isso será impossível. Não importa onde eu vá ou quanto tempo eu esperar, sempre estarei olhando para mim mesmo. Meus olhos me verão roubando – disse o jovem monge.

- Que pena que você foi o único a ver isso. Eu estava testando a integridade dos meus discípulos e você foi o único que passou no teste.

Para refletir
Testes de integridade são muito comum em nosso dia a dia. Subornos, propinas, jabás, comissões, mensalões são várias formas de nos corromper. As vezes, um pedido simples do chefe ou de um amigo pode pôr-nos em uma situação complicada, na qual devemos escolher entre atender ao pedido ou ser coerente com nossa consciência. Ambas as ações terão consequências e deveremos assumi-las com seriedade. Tente ser sempre fiel aos seus princípios, mesmo que isso às vezes entre em conflito com as outras pessoas. Questione os pedidos que lhe são feitos. Às vezes, eles são exatamente um teste de confiança. Você deve ser o juiz das suas ações, por isso seja muito rigoroso na defesa de suas virtudes.

Em que você se baseia para saber o que é certo e o que é errado? Costuma questionar as ordens que lhe são passadas? Quando alguém lhe pede algo que vá contra seus princípios, como você reage? Como pode trabalhar sua integridade moral e suas virtudes?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

O milagre de sua presença



         Em um programa de entrevistava o cantor Fábio Jr. e o seu filho Filipe. Num dado momento, Fábio fala da sua ausência devido aos shows e viagens, e comenta um fato emocionante ocorrido entre os dois.

Quando seu filho ainda era pequeno, ele sofria de asma e teve que ser internado as pressas. Fábio chegou rapidamente ao hospital e deu um lindo beijo no seu filho. Alguns minutos depois, o menino não sentia mais nada, e disse ao pai: você é o meu remédio!

Muitas vezes nesta vida nós somos o remédio da vida de outras pessoas. Quantas vezes você já curou uma pessoa com o seu abraço, com uma visita inesperada, com um sorriso bem dado numa manhã chuvosa ou até mesmo com um e-mail enviado sem a menor pretensão?

Sua presença alegra a vida das pessoas, é um poderoso remédio contra a tristeza, a depressão, contra a dor e os sofrimentos da nossa alma. Estar presente na vida das pessoas que amamos é milagre poderoso e que pode se transformar em processos de cura absoluta.

Aproveite este dia e dê gotas homeopáticas de felicidade para os seus amigos, seus filhos, seu grande amor, sua família e de quebra para os seus companheiros de trabalho, mostrando a todos que você se importa com a vida deles. Lembre-se, este gesto nobre da essência humana, neste dia, poderá estar salvando uma vida.