terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O ALIMENTO ESPIRITUAL

O professor lutava na escola com um grande problema.
Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens
maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena
insubordinação.
Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso,
na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento.
Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados,
e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando
que assim mostravam superioridade e inteligência.
Esqueciam-se dos bons livros.
Zombavam dos bons conselhos.
O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as
classes para a merenda costumeira, apresentando-se
uma surpresa esquisita.
Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais
como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres,
pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geléias
misturadas com fel e pimenta.
Os meninos revoltados gritavam contra o que viam,
mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra,
disse-lhes:
- Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro
a benefício do corpo, precisamos também de alimento sadio
para a nossa alma.
O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte
de nossa vida espiritual. Os maus livros, as reportagens infelizes,
as difamações e as aventuras criminosas representam
substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando
a vida mental e prejudicando-nos a conduta.
Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a
conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas
que cooperam na defesa de nossa harmonia interior,
a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento.
Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada.
Os alunos retiraram-se cabisbaixos.
E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada,
modificando-se para melhor.

AUTOR DESCONHECIDO

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