sábado, 14 de julho de 2012

Construindo pontes


"nunca entendi porque as pessoas constroem muros ao invés de pontes..."

Quem nunca ouviu essa frase na vida pode pegar a primeira pedra aí e atirar na minha testa. Mas mira direito! Se você errar... já sabe: é minha vez!

Hora de falar sério. Desde a minha adolescência eu vejo essa frase no google, em frases nos cadernos da amigas, em agendas, em calendários, em tudo o que possa soar piegas e mesmice. Mas é uma frase que sempre me fez um sentido impressionante. Sempre concordei com o trocadilho "fazer ponte" para relações humanas. E sempre pensei bem friamente a respeito disso.

Já perdi as contas de quantas pessoas (que conheço) que têm a capacidade de subir muros enormes em torno de si mesmo. Pedreiro? Tijolo? Cimento? Nada disso! Usam mesmo é raiva, mágoa, má-vontade, grosseria. A eles, parece mais eficaz. A mim, parece mais triste.

Se isolar é um direito divino de cada um. Todo mundo precisa fugir do mundo uma vez na vida, ou duas. Mas ninguém tem o direito de obrigar quem se importa a observar o isolamento tão de perto. É cruel!

Claro que sou a favor das pontes! Lógico que sigo construindo as minhas com afinco. Em muitas vezes elas são longas... muito longas... pontes de me ligam a quem está muito distante. Mas está ali, firme e forte.

Tenho também uma ou duas pontes de bases muito fundas. Metros e metros de concreto enterrados em rios profundos. São pontes robustas, largas, onde circulam todo tipo de pessoas e veículos... mas estão lá. Inabaláveis.

Já construí pontes lindas... de madeira nobre... de beiral enfeitado... daquelas que você já constrói sabendo que vão ficar apenas na memória. Você não vai voltar depois que estiver pronta. Mas sabe que ela está lá.

Mas a pior sensação é quando você se dedica na obra de pontes que acabam virando pinguelas! Bambas, frágeis, estreitas, sem firmeza. Chega a dar medo ir! Quanto mais voltar! Mas sabe o quê? São as pinguelas que levam às relações que você mais preza. Pode prestar atenção. Você nunca se esquece delas, por mais torturante que seja fazer a travessia.

Eu poderia passar horas escrevendo sobre todas as pontes por onde já passei e sobre as que eu construí em direção às pessoas. Mas eu gosto mesmo é de lembrar das que foram feitas especialmente para chegar a mim.

Uai, você não? Não te alegra saber que alguém dedicou horas, meses, quiçá anos, se dedicando a pensar em uma bela ponte para conseguir alcançar você??? Então não sabe o que é se sentir importante na vida.

Está na hora de rever suas relações... não é?!

AUTOR DESCONHECIDO

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