terça-feira, 24 de abril de 2012

GENTILEZAS SALVADORAS.


Quando você afasta do piso uma casca
de fruta deixada pela negligência de alguém,
não pratica apenas em ato de gentileza.

Você evita que algum desavisado escorregue,
sofrendo tombo violento.

Ao ceder o lugar no transporte coletivo a
um ancião, você não realiza um gesto de
cortesia somente.

Você atende a um corpo cansado, poupando
as energias de quem poderia ser seu genitor.

Se você oferece braço amigo a condução
de um volume, poupando aquele que o
carrega, não pratica unicamente uma
delicadeza.

Você contribui fraternamente para o júbilo
de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.

Portanto a boa palavra em qualquer situação,
você não atende exclusivamente à finura
do trato.

Você realiza entre os ouvintes o culto do
verbo são, donde fluem proveitosos e
salutares ensinamentos.

Silenciando uma afronta em público, você
não atesta apenas o refinamento social.

Você se poupa ao diálogo violento que
dá margem a ódios irremediáveis.

Se você oferece agasalho a algum desnudo,
não só atende à delicadeza filantrópica.

Você amplia a cultura da caridade pura
e simples.

Ao sorrir, discretamente, dando ensejo
a um desafeto de refazer a amizade, você
não age tão somente em tributo à educação.

Você apaga mágoas e ressentimentos,
enquanto está no caminho com ele.

Procurando ajudar um enfermo cansado
a galgar e vencer dificuldades, você não
procede imbuído apenas de gentileza.

Você coopera para que a vida se dilate
no debilitado, propiciando-lhe ensejos
evolutivos.

Atendendo impertinente criança que o
molesta, num grupo de amigos, você não
se situa só na formosura da conduta externa.

Você liberta um futuro homem de uma
decepção do presente.

No exercício da gentileza, a alma dilata
recursos evangélicos e vive o precioso
ensino do Mestre.

Com afabilidade e doçura, Ele afirmou:

"Vai e faze o mesmo!"

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