segunda-feira, 20 de junho de 2011

O olhar dos outros


Se olharmos pra trás veremos quantas coisas deixamos de fazer no ano que passou. Coisas que havíamos nos prometido e que acreditávamos sinceramente na realização. Por motivos vários nos negamos certas coisas. Gostaríamos sim de ir aqui ou ali, tomar essa ou aquela decisão, mas não vivendo isolados, acabamos por nos deixar levar pelo que os outros pensariam de nós. Buscamos coragem para muitas coisas no nosso interior, mas é no nosso exterior que essa coragem se destrói. Pesam os julgamentos, que eles sejam falsos ou justificados. Assim, damos passos para trás na nossa felicidade e no bem estar que a vida nos oferece como uma segunda chance.

Olhar para os lados nunca foi solução quando nos encontramos num impasse. O olhar dos outros, o que vão pensar ou dizer são estorvos no nosso caminho, porque a maioria das pessoas e mesmo grande parte delas, se importam pouco ou nada com a nossa felicidade. Mas Deus se importa e por essa razão mesmo não nos condena. Entre agradar aos homens e agradar a Deus é mil vezes preferível agradar a Deus. E Ele somente conhece nossas veias, nosso coração, nosso âmago e nossos sentimentos. Os homens nos aprisionam com seus julgamentos. Somente Deus, com muito amor, é que pode nos libertar.

Decidi começar o ano escrevendo sobre a liberdade que podemos ter em Cristo, independente do pensamento dos homens. Mesmo se milhões de homens dizem que não podemos, se Cristo disser: "vocês podem" então todos os caminhos estarão abertos. Mas é preciso que aprendamos a nos libertar de todas as coisas que nos impedem de caminhar.

Nosso primeiro texto do ano chama-se: O olhar dos outros - assunto talvez corriqueiro, mas que impede muito nossa felicidade. E Deus nos ama o bastante para querer ver-nos felizes.

O olhar dos outros

O olhar das outras pessoas são mãos pesadas nos nossos ombros. Quanto não deixamos de fazer por causa de supostos ou verdadeiros julgamentos alheios?

A sociedade impõe modos e comportamentos que nem sempre são aqueles que condizem com o que somos, com o que desejamos ou mesmo precisamos para nosso equilíbrio pessoal.

Não voamos, não ousamos, não vamos além, não plantamos e tão pouco colhemos não porque é o que queremos, mas porque pensamos que é o que esperam de nós. Vivemos de uma falsa liberdade que nos limita.

Muitos "sim" nos contrariam para não contrariar outros, muitos "não" chegam simplesmente para confortar outros enquanto nossa alma dói. Vivemos da aparência do que esperam de nós e nosso eu fica guardado e ressentido porque muitas vezes ele queria simplesmente gritar que ele é ele e ponto final.

Vamos assim seguindo a maré da vida.

Jesus também suportou o olhar dos outros. Mas com a diferença de que para Ele importava muito mais o olhar dAquele que O havia enviado. A morte na cruz era algo terrivelmente humilhante, porém havia algo muito maior e superior à vergonha de ser pregado numa cruz: agradar acima de tudo e por tudo Aquele que com amor nos formou.

Nos importamos muito menos com o olhar de Deus que com o olhar dos homens. Portanto, enquanto os homens nos condenam, Deus nos absolve sem fazer perguntas. Ele nos torna livres e se Suas mãos se pousam sobre nossos ombros é para nos abraçar.

Que o amor de Cristo liberte a cada um das suas correntes,
sejam elas quais forem!

Letícia Thompson

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