sábado, 26 de setembro de 2009

ELA É MINHA AMIGA


Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários
foi atingido por um bombardeio.
Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes
ficaram gravemente feridas.
Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado.
Era necessário chamar ajuda por um rádio e, ao fim de algum tempo, um
médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria, devido aos
traumatismos e à perda de sangue.
Era urgente fazer uma transfusão, mas como?
Reuniram as crianças e, entre gesticulações, arranhadas no idioma,tentavam
explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para
doar o sangue.
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se
timidamente.
Era um menino chamado Heng.
Ele foi preparado às pressas, ao lado da menina agonizante, e espetaram-lhe
uma agulha na veia.
Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto.
Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a
mão que estava livre.
O médico lhe perguntou se estava doendo, e ele negou. Mas não demorou muito
a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou
a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto.
Era evidente que alguma coisa estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O
médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com
Heng.
Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando
algumas coisas. E o rostinho do menino foi se aliviando. Minutos depois ele
estava novamente tranqüilo.
A enfermeira então explicou aos americanos:
- Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido o que vocês disseram e
estava achando que ia dar todo o seu sangue para a menina não morrer.
O médico aproximou-se dele e, com a ajuda da enfermeira, perguntou:
-Mas, se era assim, porque então que você se ofereceu a doar seu sangue
E o menino respondeu, simplesmente:
ELA É MINHA AMIGA...
AUTOR DESCONHECIDO

Um comentário:

pacittarezende disse...

Mas uma criança não doa.